Na Officina de Antonio Pedrozo Galrão, Lisboa, 1719. In-8º de (20)-418 págs. Encadernação coeva em pergaminho com dizeres caligrafados na lombada.
Nítida impressão a duas colunas, sobre papel de boa qualidade, mantendo a sonoridade orginal. Adornada com belíssimos florões e outras vinhetas tipográficas de remate.
Carimbo a óleo de posse na última página, de uma instituição religiosa extinta. Pequena mancha marginal esvanecida de tinta.
Inocêncio XVII, p. 12. ; não foram localizados mais exemplares além os da BN.
A única referência encontrada ao autor, vem descrita numa carta do Padre António Vieira escrita na Baía em 9 de Agosto de 1688 (in Epistolografia, Cartas de Lisboa, Cartas da Baía, vol. IV, p. 373, ed. Círculo de Leitores, 2013).
Mateus de MOURA (1639-1728) foi pregador e professor de Letras Humanas, Filosofia e Teologia. Foi Vice-Reitor do Colégio do Rio de Janeiro e da Baia e veio a ser provincal em 1709.
Trata-se, em nosso entender, de uma obra com alguma importância no contexto histórico vivido no início do século XVIII, em Portugal, em que a presente edição, em 1719, entrou no período barroco tardio da literatura sacra portuguesa, onde a retórica, a moral cristã e a oratória tinham bastante peso. Este período foi fértil na produção de sermões, exortações, discursos morais terem sido bastante comuns, tanto para instrução religiosa como para a formação moral da elite ou do clero. Habitualmente eram usadas por pregadores, padres ou literatos como instrumento de retórica moral ou de educação.