“Eu buscava a poesia da névoa que transforma as coisas, a poesia da noite que transforma a cidade, a poesia do tempo que transforma as pessoas…”

Nos últimos anos, Brassaï confessou que Paris permaneceu no centro de seu pensamento, o fio condutor de sua obra, uma fonte inesgotável de inspiração.

A essa Paris, que ele descobriu ainda criança, no início do século XX, essa cidade onde se estabeleceu em 1924 após estudar arte em Berlim, e que explorou constantemente em suas andanças noturnas, sobrepõe-se a Paris eterna, que ele sublima e da qual oferece uma visão muito pessoal, capturando o “espírito” de cada um de seus bairros: a elegante multidão da Rue de Rivoli, os curiosos em frente às lojas dos Grands Boulevards, os comerciantes de carvão às margens do Sena em Bercy, mas também a majestade dos prestigiosos monumentos, em particular Notre-Dame e suas gárgulas, que ele buscava dia e noite …