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(Gráfica Montalto, Ldª), Edição do autor, 1959. In-8º de 24 págs. Brochado. Apresenta todos os cadernos por abrir. Ponto de ferro ligeiramente oxidado.
MUITO RARA PRIMEIRA (e única edição) do livrinho que marcou a obra de estreia do autor, icónico pelo facto de terem sido quase todos por ele retirados de circulação e destruídos pouco depois da publicação. O destino que o autor deu a esse livro, conta Vítor Silva Tavares no Intróito Inaugural do primeiro volume da Obra Escrita (editada pela Letra Livre), não foi nada benevolente: retirou-o da circulação com “gana exterminadora”, da qual se salvaram uns pouco exemplares, graças a uma operação clandestina de salvamento que Luiza Neto Jorge achou por bem efectuar.
Exemplares na BNP e na Biblioteca Pedro Veiga (FL-UP).
João Cesar Monteiro (Figueira da Foz, 1939 - Lisboa, 2003) enquanto escritor publicou Corpo Submerso (1959), Morituri Te Salutant (1974), Le Bassin de John Wayne/As Bodas de Deus (1998) e de Uma Semana Noutra Cidade-Diário Parisiense (1999). Corpo Submerso foi seu único livro de poemas, e por onde começou por ser poeta, ou “aprendiz de poeta”, como nele se apresenta. Notabiliza-se mais tarde como crítico de cinema, mas é enquanto realizador que obtém reconhecimento nacional e internacional.
Neste livro " ... mergulha no abismo da linguagem, onde o corpo, submerso em sombras e desejos, encontra nas palavras uma forma de respiração. Corpo Submerso é um livro onde a poesia pulsa entre o sensorial e o metafísico, com versos que evocam um cinema interior, feito de luzes tênues e movimentos silenciosos. Cada poema é um fragmento de um filme nunca realizado, onde o humano se dissolve no tempo e na água, buscando o intangível...".
Dedicatória do livro:
ao Adriano que sabe muito bem o que é levar porrada a sério
ao Alberto do sentido nietzschiano do amor
ao Filipe que ainda vai à missa
à Maria Albertina que não sabe bem o que sente à Marie Thérèse que há-de dizer das boas
ao Pernes de uma arte dum tempo que é o nosso e vá lá ...
ao Relógio que descobriu o México