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Livraria Clássica Editora, Lisboa, s/d (1951). In-8º de 366-(2) págs. Enc. conserva capas de brochura. Ilustrado em extra-texto com fotografias do autor. Tradução de José da Natividade Gaspar.
Encadernação meia francesa em pele verde, lombada de 4 nervos com decoração e dizeres dourados dispostos em casas abertas. Ligeiro aparo marginal. Corte superior das folhas carminado. Pele na lombada e charneira ligeiramente ressequida. Rúbrica de posse no ante-rosto.
EDIÇÃO ORIGINAL portuguesa deste clássico da literatura marítima mundial, narrando uma epopeia dos pescadores portugueses dos bancos da Terra Nova e Groenelandia.
A convite de Pedro Teotónio Pereira, embaixador português em Washington, o marinheiro Australiano Alan Villiers produziu esta obra sobre a epopeia dos pescadores portugueses, num dos mais belos veleiros da frota bacalhoeira portuguesa, o Argus. Villiers embarcou com os pescadores portugueses e durante cinco meses, viu e registou a dureza da “faina maior” para a documentar. Ao tempo, a pesca do bacalhau por “homens de ferro em navios de madeira”, a mítica “frota branca”, era a última grande actividade económica que fazia uso da navegação à vela para viagens transoceânicas. Através desta obra de Alan Villiers no Argus, ficamos com uma imagem da pesca portuguesa que até 1974 utilizava ainda o método tradicional de pesca, apanhavam o pescado com isco e à linha a partir de pequenos botes, denominados “dóris”, que saiam do navio-mãe para a água.
" ... A campanha do Argus, de Alan Villiers, é um clássico da literatura marítima mundial. Numa escrita límpida e envolvente, este oficial da Armada australiana, presença assídua nas páginas do National Geographic Magazine do segundo pós-guerra como repórter das "coisas de mar", escreveu uma narrativa de viagem de um dos mais belos veleiros da frota bacalhoeira portuguesa, o Argus.
A projecção internacional do livro foi tal que teve tradução em mais de uma dezena de línguas. Reeditá-lo a mais de cinquenta anos de distância da primeira edição é um acontecimento cultural de maior importância. Além de um belo e minucioso memorial da pesca do bacalhau com dóris de um só homem, A campanha do Argus permite entender os múltiplos significados deste património marítimo singular e desvendar a relação interessada do Estado Novo e do seu aparelho de propaganda com o drama épico da pesca do bacalhau...."
(Álvaro Garrido, Historiador, Consultor do Museu Marítimo de ílhavo)