Editorial Imperio, Lisboa, 1943. In-4º oblongo de 470 págs. Cartonagem editorial com pastas ilustradas com ex-libris do autor (e aqui também editor) e impressas a negro sobre papel vermelho. Muito bom exemplar com pasta anterior ligeiramente descolorido por acção directa da luz.
Nítida impressão sobre papel de qualdiade superior e elevada gramagem, em papel do Prado. Profusamene ilustrado ao lobgo do texto e em separado com os fac-símiles dos desenhos do manuscrito guardado na Torre do Tombo com designação «Caixa Forte, Ms. 159» (ou PT/TT/CF/159) e com um mapa com distribuição das fortalezas em Portugal.
Trata-se da edição facsimilada a partir de um manuscrito em pergaminho, com 139 folhas, medindo cerca de 350 x 250 mm (dimensões adquiridas depois de ter sido aparado e encadernado). É composto por duas partes. Na primeira parte são apresentados 55 castelos raianos com duas vistas, ocupando cada vista um duplo fólio. Esta primeira parte abre com um índice geral e encerra com quatro vistas, igualmente de duplos fólios, que
escapam à lógica dos restantes desenhos por não se tratar de castelos raianos. A primeira é uma vista de Barcelos; as restantes são três vistas do Paço Real de Sintra. A segunda parte compreende 51 plantas de outras tantas estruturas militares, cada uma ocupando meio fólio.
Na opinião de Mário Jorge Barroca, " ... Portugal tem o raro privilégio de possuir uma obra – o conhecido Livro das Fortalezas, de Duarte de Armas – que constitui uma radiografia, sincrónica, dos sistemas defensivos de fronteira. Tanto quanto sabemos, mais nenhum reino ou país da Europa tem este privilégio: o de ter um levantamento sistemático, realizado num curto espaço de tempo, pela mão de um mesmo autor, dos principais castelos sobre os quais se apoiava a defesa do reino, registados na forma de duas vistas, desenhadas em perspectiva, e de uma planta de pormenor, tudo valorizado com múltiplas legendas. Com estas características, admitamos, não existe nada de parecido na Europa (...) O volume encerra com uma “Tavoada das fortalezas do estremo de Purtugall e Castella” (fl. 134 a 136), que é, na realidade, o itinerário viário empreendido por Duarte de Armas para visitar os 55 castelos ...".