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Fenda edições, Coimbra, 1979. in-4º de 81-(2) págs. Brochado. Lombada com ligeiros vestígios de fita gomada. Pequena rúbrica de posse no ante-rosto. Muito bom exemplar.
O texto de Vasco Santos - Primeiramente - diz-nos:
"... Dizer este espaço, é inscrever a vertigem. Se numerarmos as vertentes, as geometrias visíveis, as espirais subtis dos tectos, pontuamos, aquém, as explosões plenas dos leitos.
Escrever na pedra o poema ou unir o corpo à linha aquática deste tempo, eis, enfim, o registo pois do poder se canta e se aguenta. Tomemos, por exemplo, estas máquinas desejantes. Reparem, agora, nas células apodrecidas, no ritual fragmentado em centros motores, na destilação d'aventura pelas membranas da pleura, na acumulação do granito debaixo da pele. Uma avaria fantástica por dentro das proposições por dentro das imagens no amor das cidades. Habitamos aqui a decifrar a intimidade das palavras, a rota do vôo, entre a terra larga e a em-buscada, a integração e a loucura. Se jogamos nesta linguagem longa é já uma nova territorialidade do sentido que sinalizamos. Num equilíbrio dialecticamente instável. Louvamos, portanto, a escritura do pus, a circulação das lâmpadas, a libertinagem das metáforas, o narcizismo dos pomares, a perversão da fissura, a vossa líbido desdobrada no fluxo económico desta água. Desesperadamente uma vereda finíssima. Vede as veredas bifurcam-se e tornam-se indisíveis. Depois são deixadas (com Borges) alos vários futuros, não a todos. Onde um jardim, a festa? ..."
Colaboram neste núemro:
- Leonel Moura
- António Rebordão Navarro
- António Barros
- Fernando Assis Pacheco
- António Mário Jacinto
- Ana Leonor Pereira
- Luís de Miranda Rocha
- Joaquim Carvalho
- Manuel Francisco Miranda
- Natália Gravato
- Irene Patrocínio
- S. Pereira Marques
- Margarida M.